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Professores de Lauro de Freitas decretam greve mesmo com salários acima do piso nacional

Categoria paralisou as atividades nesta quinta-feira (3); prefeitura afirma que remuneração chega a 192% acima do piso e destaca crise fiscal herdada

 Redação
Por: Redação
03/07/2025 às 21h24 Atualizada em 03/07/2025 às 21h33
Professores de Lauro de Freitas decretam greve mesmo com salários acima do piso nacional

Os professores da rede municipal de Lauro de Freitas iniciaram greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (3). A paralisação foi decidida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (ASPROLF), que representa a categoria no município.

Em nota enviada à imprensa, a Prefeitura de Lauro de Freitas afirmou que mantém diálogo permanente com os profissionais da educação e reforçou seu compromisso com a valorização da categoria, a transparência e a responsabilidade fiscal.

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De acordo com a gestão municipal, os professores com nível superior e carga horária de 40 horas semanais recebem R$ 6.962,37, valor 43,17% superior ao piso nacional do magistério, atualmente fixado em R$ 4.867,77. A prefeitura acrescenta que, com o avanço na carreira, docentes com 15 anos de serviço podem alcançar remuneração entre R$ 14 mil e R$ 30 mil, o que representa até 192,73% acima do piso nacional.

A prefeitura também pontuou que o município enfrenta uma situação fiscal crítica, com mais de 58% da Receita Corrente Líquida (RCL) comprometida com a folha de pagamento – índice acima do limite máximo permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), segundo alerta do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA).

Entre os desafios citados, a gestão afirma ter herdado dívidas previdenciárias parceladas de mais de R$ 4,5 milhões por mês, além de ter quitado R$ 6,7 milhões em débitos de exercícios anteriores (DEA) somente em 2025. Também estão em aberto R$ 25 milhões referentes à folha de dezembro de 2024, além de R$ 75 milhões em dívidas com fornecedores sem cobertura orçamentária.

Apesar das limitações orçamentárias, a administração municipal informou que propôs um reajuste de 2% para os profissionais da educação, considerando o cenário fiscal atual.

A prefeitura ainda justificou a suspensão da gratificação por dedicação exclusiva, benefício que era pago a apenas 13 servidores, ao custo anual de R$ 1,1 milhão. Segundo a gestão, a medida se tornou necessária diante da nomeação de 269 novos professores aprovados em concurso público.

A nota finaliza reafirmando o compromisso com uma educação pública de qualidade, com a valorização dos servidores e com o diálogo responsável, sem comprometer os serviços essenciais da cidade.

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